quinta-feira, 4 de agosto de 2016

Que horas são?

Quando não se sabe a hora,
O tempo passa mais depressa
É nessa que vai-se embora,
A vida que já não regressa

Ingressa pelo mundo afora,
Agora já não tem mais pressa
Peça que não joguem fora,
O que tanto interessa

Quebra a rotina e amasse
O pedaço que ia guardar
Em cada lugar que passe
Uma parte de ti vai ficar

Mesmo que nunca mais volte
Sorte de quem encontrou
Ouse espalhar suas cinzas
Nas pegadas que deixou

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terça-feira, 26 de julho de 2016

Intervalo

Recolha-te e toma teu tempo
Tendo em mente que levas o meu
Sem atraso te adianto:
O ponteiro aqui pára
Volta a andar quando te vê

Hora ou outra disfarço a certeza
Desfaço a cabeça e o nó aperta o peito
Meio sem jeito digo oi
Carregado de tudo que já foi
E reticências para o que vier

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quinta-feira, 2 de junho de 2016

Renascendo

Quando a gente se despede, é pra ir mesmo?
Um dos dois pode acabar ficando; Reciclando o tempo.

Fiquei.

Fiquei remoendo o sono, rebuscando o sonho e refazendo a vida.
Remontando o conto, retratando o caso e recolhendo os cacos.

Do outro lado ficou também?
E se ficou, fazendo o que?
Reiniciando o ciclo?

Recapitulando...

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Intuição

Te vi e vi além
Só não sabia a hora

Observava-te meio assim
Embora algo mais

Um outro eu, mais consciente
Sentia-se diferente

Por isso talvez parecia proibido
Tocar-te mesmo com inocência

Acontece, quando aconteceu
Coberto de razão me encontrei

Além daquilo havia mais
Intuição que jamais falha

Sempre que olhar por entre
Sempre
Sempre acertarei

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Considerações finais

De que adianta mandar flores no final? Saber deixar ir, é por vezes, mais necessário que conquistar. Quem sente, volta. Se não volta, não sente. É redundante e coerente, portanto necessária a insistência. Se você ama, deixe bem claro. Onde há reciprocidade, tudo se ajeita apesar de tudo. Por isso diga sem medo. A resposta negativa pode doer, e muito. Mas a dúvida é bem mais destrutiva.

Não se muda pelo outro. Quando é amor, o outro sugere, consola, repete e reclama porque quer, por você, o seu melhor. E não porque quer alguém exatamente como idealizou. Muito cuidado com idealizações.

Se atente para não confundir carência, com amor. Nem necessidade, com desejo. Para descobrir é só testar a pureza do que sente. Se no outro há felicidade sem sua presença e isso é insuportável para você, repense a angústia. Mas se deseja a felicidade sobre qualquer circunstância, sorria sentindo a mais pura saudade.

Por mais Shakesperianos que desejamos ser, a tragédia é sempre superável. Nem sempre precisa dar certo até o fim de nossas vidas. Pode ter dado super certo pelo tempo que durou. Apegue-se aos bons momentos, às experiências e aos ensinamentos. Nunca é só mais um relacionamento que passou. Por isso respeite o passado. Só assim a mente relaxa para curtir o presente e planejar o futuro.

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sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Nem escrevendo

Cansado de tela, teclado e mouse
De frase de efeito sem causa

Cansado de luz, cadeira e sombra
De hora pra tudo e tempo pra nada

Cansado de pular a vida e do medo de enfrentá-la
De resposta pra tudo e solução pra nada

Cansado de gastar com remédio
De deixar pra lá

Deixar acumular
Aguardar só mais um pouco
Por dentro é sempre oco
Por fora é só encenar
Tem dias que nem escrevendo vai passar

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sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Há de haver

Há os que preferem um lar,
Prefiro a calçada
Há os que desejam ficar,
Sou mais a estrada
Há os que são,
Eu não!

Aos que ficam; quanta sorte
Aos que se acostumam; quanta inveja
Aos que são; queria ser

Há de haver
Aos que como eu,
Procuram e vivem disso
Só por viver

Há de reconhecer
Que meu ser:
Procura por procurar
Acha por achar
Finge por fingir
E vive por viver

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terça-feira, 7 de abril de 2015

Labirinto: A entrada é a mesma que a saída

Há quanto tempo eu durmo e sinto que mundo está acordado? Penso o que mudou em mim, se já é passado. A mudança é contínua. Pode ser causa da rotina. Era pra ser plena a essência e acaba como incenso. Acende, perfuma, apaga e fica por mais um pequeno instante no ar. Nesse momento é dúvida incessante. Onde eu fui parar? Tão longe que nem dá pra enxergar? Ainda hei de resgatar?

As ideias se transformaram em lembranças. E elas nem mesmo se tornaram reais. Se é que existe caminho, estou sempre no desvio. Sobra tempo para o desnecessário. Pouco para os momentos. Aqueles que dão sentido a tudo. Faz ficar mudo, mesmo querendo gritar.

Há quanto me mantenho hibernado, buscando cada vez mais fardo que nem quero carregar?
Pode ser apenas lei de sobrevivência, e algumas vezes confunde com experiência. É a essência que doa seu lugar. Até porque não há como encaixar. Só tem um espaço para um só pilar.

Sobreviver até o fim cheio de conta pra pagar. Ou pagar para viver cheio de coisa pra contar.
É tão estranho o caminho e o abismo andarem lado a lado. E nem poder jogar um dado pra saber por onde andar. Por acaso, o acaso não existe. É só uma máscara que queremos colocar, para enfeitar uma série de escolhas, que no fundo nem fomos obrigados a tomar.

Se enfiar num labirinto, fingindo que é infinito só pra ninguém nos achar. Mesmo sabendo onde fica a saída, um lado sempre quer ficar. É mais confortável e mais aconchegante. Melhor que o desconhecido e melhor que ter que se adaptar. Matar aos poucos a vontade de sair parece mais fácil que encarar. A recompensa desse lado é menor, mas aqui já se sabe jogar.

- Alô? Tem algúem aí fora?
- Eu só queria conversar!
- A queda pro seu lado é alta? Será que dá pra pular?
- Ou é melhor ficar aqui? É melhor não arriscar?
- Me arruma uma escada? Ou vou ter que me virar?
- Acho melhor a gente trocar. Você me diz o que tem aí, que te conto do lado de cá.
- Preciso saber se posso ir. Não aguento mais ficar!
- Estou subindo. Resolvi tentar!
- Mas... mas os dois lados são iguais.
- Agora que percebi; eu é que tenho que mudar!

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quinta-feira, 12 de março de 2015

Breve suspiro

Uma gota cai no chão / O vento corta a janela / A respiração se entrega /
Um forte suspiro / Um tempo pra pensar / Entrega e delírio

Nunca houve um caminho, apesar de saber o destino.

Aperta tanto quanto espreme!

Mais uma gota cai /Ainda sim não cessa / Falta ar, luz e vela
Tão escuro que nem se enxerga / Não com olhos presos na terra

Ninguém sabe onde pisa antes de se cortar, e nem adianta falar.

Sente, sabe e desiste.

Coragem!
Quem tem sempre insiste:
     - Não há nada melhor que fugir da gaiola e tentar voo livre.

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quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Tanto querer

É de tanto querer, que não se consegue
O tempo não ajuda e o azar persegue
Falta algo
Vago sem resposta
Mago eu seria se soubesse o caminho
São tantas estradas para um só destino

Eu já sabia
Sabia que viria assim;
Como um fardo, cada vez mais pesado, ao mesmo passo que suave
Mais leve que qualquer voo de ave

É liberdade e prisão
Choro e sorriso
Covardia e coragem
Inferno e paraíso

Um lado sabe que vai passar, o outro receia que passe
É fase de lua
Queima e arde
Molha e resfria
Pra quê tanta algia?

Seria mais fácil se fosse com amigo
Era só dar conselho, era só dar abrigo
Agora é comigo

Retiro a saudade que disse que tinha de ti agonia
É vida e morte
Azar e sorte
Risos de ironia
Tanta coisa junta que até contagia
Seja angústia, ou seja alegria

É mandar mensagem sem poder endereçar
Parece que é de maldade e que não vai parar
Tá aí o resumo de algo sem rumo
Mas que insisto em saber onde vai dar

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